terça-feira, 9 de agosto de 2011

Uma aparição enganosa

Eu tinha um irmão ao qual nós amavamos muito. Devido ao alcoolismo, ele desenvolveu cirrose hepática e veio  a falecer. Ele morreu crendo na Palavra tendo aceitado Jesus um pouco antes de seu último suspiro.

Houve uma época em que minha irmã morava sozinha em Maceío. Era numa quitinete. Tudo tinha que ser bem colocado para não tomar espaço desnecessário. A cama ficava atrás do sofá, este servindo como divisão dos dois cômodos e a porta de entrada ficava bem em frente aos dois móveis. e foi nessa época que ela teve uma experiência com o sobrenatural ou mais uma delas.

Certa noite, ela estava deitada na cama, com as costas apoiada na traseira do sofá ficando por cima de um braço e o outro livre. Quando de repente ela sentiu uma presença se aproximando. Seu corpo enregelou, seus cabelos se arrepiaram e ela não conseguiu mais se mover. Embora ela não estava de frente para a porta ela sentiu que o ser se aproximava pelo exterior da quitinete, caminhando bem devagar e se aproximando da porta. Quando a presença chegou bem em frente da porta ela ouviu o tintilar das chaves e o barulho do trinco se abrindo. Alguém estava entrando. O ser dava passos compassados e ela podia ouvir ele se aproximando lentamente. Na sua mente teve a impressão de ser o nosso irmão falecido. Ele apoiou um joelho no sofá, se inclinou por cima dele até conseguir chegar próximo a ela, sua mão fria pegou em seu braço e sussurrou: 'Dinha'.

Nesse momento ela conseguiu recuperar sua força física e bradou forte: O sangue de Jesus tem poder! A mão se recolheu rapidamente e a presença que se parecia com meu irmão foi embora.

No outro dia ela ainda sentia em seu braço no ponto onde ele a toucou um formigamento. Isto mexeu muito com ela. Pois apesar de se parecer com nosso irmão ela sabia que não era ele.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Brincando de Missa ou O Bode Preto

Quando minha irmã era criança gostava muito de brincar com minhas primas. Creio que nessa época eu era muito bebê. Sei desta história através de relato da mesma. Nessa época minha família morava em uma casa em frente ao museu Xucurus em Palmeira dos ìndios. Casa antiga da época em que construíam casas de pau a pique e rebocavam com cimento, uma modernidade. A casa possuía um longo corredor ligando a sala e a cozinha, entre eles havia os quartos.

Numa época de inocência, as crianças brincavam também com coisas aparentemente inocentes. Daí surgiu a ideia de brincar de missa; tínhamos um rosário com um crucifixo em casa, herdado provavelmente de meus avós. Elas pegaram-no e começaram a rezar, reza mesmo daquelas que tem que ficar repetindo várias vezes.

Terminaram a brincadeira e, como já era tarde, minha prima apelidada de Lunga, foi levada pra casa pela sua mãe. Minhas irmãs foram dormir. O quarto pequeno tinha duas camas dispostas lado a lado. A porta, que abria em duas abas, sendo que uma aba era impedida de abrir por uma das camas. Meus irmãos Hélio e Nal dormiam numa cama, e minhas duas irmãs em outra. Minha irmã, a certa altura, entre o estado de vigília e o estado de sono profundo, viu emergir da parede do quarto um grande bode preto, com chifres ameaçadores e pelos longos e lustrosos. Ela já não conseguia se mexer nem ter nenhuma reação para acordar seus irmãos. Lá estava aquela visão assustadora, um enorme bode preto em sua frente vindo de lugar nenhum. Em um dado momento o bode fitou seu olhos vermelhos e maléficos nos olhos dela, ela sentiu que aquilo não era da parte do Bem. O animal sobrenatural começou a coriscar o chão com marra. Arranhava o chão com suas patas dianteiras e arremeteu em uma carreira ao que minha irmã pensou que receberia uma marrada terrível. No entanto, ele passou direto pela beirada da cama e se foi direto para o corredor passando pela porta do quarto e desaparecendo na parede em frente dela. Até onde será que isto foi um sonho?

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Um desaparecimento sobrenatural

São milhares de pessoas que desaparecem diariamente nas grandes cidades do mundo. Anúncios são postos em jornais com descrições pormenorizada das pessoas desaparecidas, que saíram para comprar alguma coisa ou apenas passear, e não regressaram mais. Muitos começam nova vida, outros fogem às responsabilidades. Mas há, o que é realmente intrigante, uns poucos que somem no sentido exato da palavra, como foi o caso de David Lang, um fazendeiro de Gallatin, no Tennessee (EUA), que a 23 de setembro d 1880 sa´ra de casa e caminhava em direção ao pasto de sua fazenda. Sua esposa observava-o da janela e dizia-lhe alguma coisa em voz gritada. Seus dois filhos, George e Sara, respectivamente de oito e onze anos,  brincavam no quintal e pararam para ver uma carroça que chegava a porteira da fazenda, trazendo o juiz August Peck, um amigo da família. A esposa e os filhos gritaram ao mesmo tempo, quando David Lang desapareceu no ar, como desaparece da teal uma personagem assim que se desliga um projetor. Todos, inclusive o juiz, correram para o local: nenhum vestígio. Algum tempo depois os jornais noticiaram que no lugar onde David desaparecera o capim amarelou completamente, num círculo de dois metros de diâmetro  Como? Por quê? Não há mais que hipóteses. Meses depois as crianças brincavam nas proximidades e voltaram correndo para casa apavoradas. Tinham ouvido claramente a voz do pai pedindo socorro.


Extraído do livro Grandes enigma da humanidade -
Luiz C. Lisboa e Roberto P. Andrade- Editora Vozes

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O caso das pedras

Certa feita, uma vizinha reclamava que alguém estava jogando pedras em seu telhado. Já tinha esculhambado o atirador de pedras, mesmo que não soubesse quem era, na porta de casa. Mesmo assim, as agressões não cessavam.

Organizou-se uma caçada. Colocavam pessoas a espreita, vizinhos para provar que não eram eles, crianças por brincadeira. Ninguém tinha mais paz.

Pessoa conhecida falou que viu quando as pedras se materializaram e se arremessavam. Surgiram outros relatos parecidos. Foi reconhecido que não era algo gerado pela ação humana. O que era? Ninguém sabia direito.

Foi quando alguém teve a ideia de chamar um evangelista; irmão fervoroso na oração. Ele orou e as pedras pararam de rolar. Simples assim.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Um caderno,Um sonho e Uma Ameaça

Dona Cristina estava passando necessidades, e como é comum nas igrejas a ajuda alimentícia, (ou deveria ser?), ela se inscreveu e passou a receber cestas básicas dessa igreja. Cada nome ia sendo colocado em um caderno de modo que este era levado às orações para que Deus abençoasse cada pessoa e elas chegassem a não precisar mais daquele apoio, e que chegassem ao conhecimento de Deus. Inclusive, ela estava até indo às reuniões todo final de semana.

Certa noite, Dona Cristina sonhou o seguinte: - Ela estava deitada na cama e um homem de cabeça enorme e olhos tão esbugalhados que ao piscarem faziam barulho - clap, clap - a observava dormir. Ela abriu os olhos e viu aquela cena além da imaginação e se encolheu na cama. O homem aterrorizante falou com voz cavernosa: - Tire seu nome daquele caderno, eu não quero seu nome naquele caderno.

Ela foi correndo no outro dia, justamente o dia da distribuição das cestas, chegou nervosa e afobada. -Eu não quero receber mais a cesta básica e quero que tirem meu nome do caderno de oração. - Mas, porque dona Cristina, o que foi que aconteceu? - Nada, só quero que apaguem meu nome daí. A moça responsável pegou o caderno, procurou o nome de Dona Cristina e ia apagar com o corretivo, afinal ela respeitava a decisão da senhora; Dona Cristina tomou o caderno e a caneta da mão e riscou com sofreguidão seu nome ao ponto que só ficou um borrão.

Agora me digam, que ser maléfico seria este a adentrar o sonho de alguém e impedi-la de receber algum tipo de auxílio? Até hoje Dona Cristina não gosta de igrejas.

....

Agradeço a minha irmã, irmã de sangue mesmo, hahah, pela história. Ela tem me contado muitas outras que em breve estarei colocando por aqui.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Uma noite na floresta

Meu pai, um contador de histórias nato, falou-me certa vez de um amigo seu que gostava de caçar. Mas num dia de caça ruim, não havia conseguido nem uma rolinha, perdeu a hora no meio do mato. A noite já ia alta e nada dele conseguir achar o caminho de volta para casa, resolveu subir numa arvore alta para se proteger de algum perigo ou animal mais sortudo na caça do que ele.
Procurou uma árvore encorpada e de galhos fortes e se enpoleirou lá em cima. Se ajeitou o melhor que pode e tentou dormir. Já pelas tantas, lá de cima ele ouviu que alguém vinha assobiando, cantarolava com assovios. Era um caboclo atarraxado e  baixinho. O caboclo vinha com um machado apoiado no ombro, de quando em quando ele olhava para cima das árvores como se estivesse procurando alguma coisa. E o homem lá em cima observando a cena pitoresca.

Quando o caboclo passou bem embaixo que o homem estava refugiado, olhou para cima e viu o amigo de meu pai. Foi nessa hora que ele viu algo de diferente no olhar daquele homenzinho do mato. Era o olhar da maldade.

O caboclo começou a meter o machado no tronco da arvore, Zé ficou desesperado. Calculou a altura, viu que numa queda daquele tamanho morreria com certeza. E o caboclo mentendo machado. Zé suava, clamava pelos maiores poderes que conhecia e o machado cantava. A arvore começo a tremer, folhas começaram a cair por causa da trepidação. Zé fechou os olhos, agarrou-se com força e esperou o fim. Sentiu quando a árvore tombava e o choque com o chão.

Quando tudo terminou sentiu-se vivo, respirava. Apalpou-se para ver se estava tudo inteiro. Abriu os olhos e estava no mesmo lugar, no galho mais alto daquela árvore. O caboclo sumira. Olhou lá de cima do tronco da árvore,  estava intacto. Ainda teve sangue frio pra esperar o restinho da noite ir embora. Não teve mais medo de bicho nenhum. Agora sabia que havia mais coisas aterrorizantes no meio do mato. Foi pra casa mais que depressa.

Não teve  

sexta-feira, 13 de maio de 2011

O cabeção

Esta história foi-me contada por minha irmã, chegou até ela através da pessoa que vivenciou. Por motivos de segurança e por temer o descrédito modificarei os nomes dos envolvidos.


...

Andrea ficava costurando até tarde. Como o marido dela não chegava, pois estava muito atrasado, resolveu colocar as costuras pendentes em dia. Antes, porém, adiantou a janta, preparou tudo e deixou a panelas tampadinhas em cima do fogão voltando para a máquina.

Para sua surpresa, acabou a energia. Ela pegou algumas velas e colocou em lugares estratégicos da casa para iluminá-la. A porta trancada a deixava mais segura. Foi quando seu esposo chamou na porta. Ela destrancou reclamando pela demora, que ela estava preocupada, mas ao abrir a porta não havia ninguém.  Andrea pensou que foi uma peça pregada pela sua própria mente. Era mulher forte e não era uma tolice dessas que a faria perder as estribeiras.

Não dava mais pra costurar no escuro. Sentou-se no batente da porta com a velinha na mão. A rua em que morava, no bairro do Alto do Cruzeiro, era uma ladeira íngreme. Lá de cima podia ver quem vinha lá em baixo.  Já passava das onze horas.

Beirando a meia-noite, ela viu um homem subindo a ladeira. Pensou: -- Deve ser o João chegando, graças à Deus!. O homem subia lentamente, ela forçava a vista para identificar seu marido, os anos de costura já não a permitia enxergar como antes.

O homem foi se aproximando e ela percebeu que não era seu esposo. Passou por ela de cabeça baixa e deu boa noite. A cabeça. Foi nesse momento que ela percebeu apavorada, mas sem qualquer reação, que à medida que o homem subia a ladeira, a cabeça do homem crescia; andava e crescia, subia e crescia. Cresceu tanto que o corpo não agüentou o peso, ele pendeu. A cabeça já englobava todo o corpo. Quando ele ou a cabeça dele rolou de ladeira abaixo ela desmaiou.

O marido a encontrou deitada no batente da porta desmaiada, lívida. Nunca mais ela viu o cabeção.




...